Conselho de Segurança da ONU debate situação na Ucrânia
Mais de 100 mil tropas russas estão mobilizadas na fronteira com o país

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne nesta segunda-feira (31), a pedido dos Estados Unidos, para debater a situação na Ucrânia e a escalada de tensão com a Rússia. No momento, os EUA ameaçam adotar sanções contra a Rússia e tentam ao lado de aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) fazer com que o país deixe de invadir a Ucrânia.
"Mais de 100 mil tropas russas estão mobilizadas e a Rússia organiza outros atos de desestabilização contra a Ucrânia, o que constitui uma ameaça à paz, à segurança internacional e à Carta da ONU", afirma a embaixadora americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield.
Diante da ameaça de invasão, a Ucrânia pediu à Rússia no último domingo (30) que retire suas tropas e mantenha o diálogo com os países ocidentais se "realmente" deseja reduzir a tensão. Os EUA e o Reino Unido ameaçaram adotar novas sanções contra a Rússia. Autoridades britânicas afirmaram que terão como alvos os diversos interesses econômicos russos.
Em Washington, congressistas democratas e republicanos anunciaram que o Congresso está perto de alcançar um acordo sobre um projeto de lei que prevê novas sanções econômicas contra a Rússia. Diante das novas ameaças, Moscou exigiu ser tratado em igualdade de condições por Washington. "Queremos relações boas, equitativas, de respeito mútuo com os Estados Unidos, como com todos os países do mundo", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
Nesta segunda-feira (31), a Rússia tentará impedir a reunião dos 15 membros do Conselho de Segurança. "Nossas vozes estão unidas para pedir aos russos uma explicação", disse Thomas-Greenfield. "Vamos entrar no salão dispostos a ouvir. Mas não vamos ser distraídos por sua propaganda", afirmou. "E estaremos preparados para responder a qualquer desinformação que tentem apresentar durante a reunião", completou.