Construtora que realizava obras para BYD nega acusações de trabalho análogo à escravidão
Jinjang Construction Brazil diz que a acusação do Ministério Público do Trabalho 'rotulam injustamente os funcionários chineses como escravizados'
Foto: Reprodução/g1
A empresa que prestava serviços para a BYD em Camaçari (BA) e que foi acusada de manter 163 trabalhadores em condições análogas à escravidão, a Jinjang Construction Brazil Ltda, publicou um comunicado nas redes sociais e negou as acusações do Ministério Público do Trabalho (MPT).
"Serem injustamente rotulados como 'escravizados' fez com que nossos funcionários se sentissem com sua dignidade insultada e seus direitos humanos violados, ferindo seriamente a dignidade do povo chinês. Assinamos uma carta conjunta para expressar nossos verdadeiros sentimentos”, disse a empresa.
No final do mês de novembro, o MPT abriu inquérito para apurar as condições de trabalho da montadora de carros BYD, na cidade de Camaçari. Após receber uma denúncia anônima no dia 30 de setembro.
No início de dezembro, fotos e vídeos sobre as condições de trabalho dos colaboradores foram integradas à investigação do MPT, as imagens mostravam as situações precárias em que os trabalhadores eram mantidos. Os funcionários realizam refeições coletivas que eram servidas em coolers e baldes, além de precisarem utilizar banheiros sujos e com pias entupidas.
Na ocasião, a denúncia levou a uma fiscalização, mas foi ajustada com um termo de conduta. Na reta final do mês de dezembro, a força tarefa identificou novas irregularidades, o que resultou no resgate dos trabalhores e fim do contrato entre a BYD e a Jinjang Construction Brazil.