Contas públicas registram déficit de R$ 35,9 bilhões em julho, segundo pior resultado desde 1997
As despesas cresceram 31,3% durante o mês de julho
Foto: Agência Brasil
Dados do Tesouro Nacional divulgados nesta quarta-feira (30) indicam que o governo federal registrou um déficit primário de R$ 35,9 bilhões em julho. Esse resultado representa o segundo pior para o mês desde 1997, perdendo apenas para julho de 2020 - quando houve um prejuízo de R$ 109,6 bilhões por causa da pandemia.
Os dados ficaram abaixo das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que indicava um déficit de R$ 6 bilhões. O Tesouro Nacional e o Banco Central foram superavitários em R$ 7,1 bilhões, já a Previdência Social apresentou déficit primário de R$ 43,1 bilhões.
No acumulado dos últimos doze meses, o déficit foi de R$ 97 bilhões, que equivale a 0,95% do Produto Interno Bruto (PIB).
As receitas líquidas, já descontados os repasses a Estados e municípios, tiveram uma queda real de 5,3% em julho sobre o mesmo mês do ano passado, chegaram a R$160,4 bilhões.
A baixa foi influenciada por perdas de arrecadação no Imposto sobre a Renda, na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, em Dividendos e Participações e pela a exploração de recursos naturais.
Houve também o aumento da despesa total durante o mês de julho. Os gastos cresceram 31,3%, equivalente a 46,8 bilhões. No acumulado do ano, a despesa total subiu 8,7%, aumentando R$94,3 bilhões.
O crescimento de gastos pode ser explicado pelo e pelo aumento do benefício do Bolsa Família e do Auxílio Brasil e pelo pagamento do 13º salário de inativos e pensionistas.
