Contra João Salles, ACM Neto vai ao STF
Prefeito tenta garantir implantação de leitos de UTI no Hospital Salvador
Foto: Farol da Bahia / Gilberto Júnior
O prefeito ACM Neto informou durante coletiva nesta segunda-feira (10), que embarca para Brasília nos próximos dias para apresentar argumento ao Supremo Tribunal Federal (STF) numa tentativa de ampliar os leitos de Covid-19.
A conversa é para tentar reverter a decisão do ministro Dias Toffoli que não autorizou a ampliação da quantidade de leitos de UTI no Hospital Salvador, atendendo o pedido do reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles.
No local, funciona a Maternidade Climério de Oliveira (MCO) para gestantes e recém-nascidos de alto risco. Ainda assim, a prefeitura já tinha conseguido a implantação de dez leitos de UTI para Covid-19 e luta agora, para manter os leitos e aumentar a quantidade de UTIs disponíveis.
"Vamos reverter essa pendência judicial face à ação adotada pelo reitor da Universidade Federal da Bahia. Inclusive, pretendo nesta semana ir a Brasília para tratar desse assunto pessoalmente levando argumento para o STF e apresentando nossa expectativa de reversão da decisão judicial que nos impede de utilizar o contrato que foi firmado com o hospital e a prefeitura", explicou.
Com uma taxa de ocupação UTI adulto em 55%, a prefeitura não explicou, no entanto, a prioridade na insistência pelos leitos do Hospital Salvador.
Além disso, a Prefeitura de Salvador apresentou 55 novos respiradores que vão ser usados no combate à doença.
Pesa no embate, a análise provisória do caso, onde o presidente do STF acolheu a pretensão da UFBA de que as instalações do Hospital Salvador somente devem ser utilizadas na hipótese de esgotamento de opções nas outras unidades de saúde disponíveis.
Para o presidente, é plausível a tese de que não há, no momento, necessidade de compartilhamento de ambiente hospitalar entre grávidas de alto risco e neonatos com pacientes infectados a Covid-19.
Pela contratação dos leitos, a prefeitura de Salvador teve um investimento de cerca de R$1 milhão.