"Conversei com Fux em 2018 e estava tudo certo para o voto ser impresso", afirma Bolsonaro
Em entrevista neste sábado (13), presidente falou sobre urnas, Covid-19 e Carta pela Democracia
Foto: Reprodução/YouTube
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (13), em entrevista ao programa Tapa na Cara, do jornalista Rica Perrone, que, em conversa com o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018, ministro Luiz Fux, ficou confirmado que o voto seria impresso já naquelas eleições.
Bolsonaro já protagonizou diversas críticas às urnas eletrônicas e defendeu repetidas vezes o voto impresso como alternativa confiável.
“Eu conversei com Fux em 2018 e estava tudo certo para que o voto fosse impresso, mas o Supremo Tribunal Federal acabou intervindo, proibiu e não pudemos fazer isso. Aí o pessoal fala que eu acuso de fraude nas eleições, mas fui eleito com urna eletrônica. Só que o processo de fraude não vai ser feito assim de vez, é aos poucos. Me tirar a vitória seria muito drástico e perceptível. Por que defendem tanto a urna eletrônica e não podem garantir que, ao menos, saia um comprovante em papel na hora que a pessoa confirmar o voto? Fazem tanta propaganda desse sistema, mas não tem nenhum país interessado em implantar. A Alemanha já teve, mas deixou de lado”, comentou.
O presidente também afirmou que não tomou as doses contra a Covid-19 e que não pretende se vacinar. “Eu já estou imunizado, porque já me infectei com o vírus e o próprio vírus me imunizou”, comentou.
Para o chefe do Executivo, ele foi um combustível para aumentar o patriotismo na população. “A cor vermelha, que a esquerda usa, é associada a ditaduras no mundo todo. Eu prefiro o verde e amarelo e isso se tornou uma identidade na minha campanha. Eu vejo as pessoas na rua usando mais a bandeira do Brasil, com orgulho do país, porque houve aumento do patriotismo. E, em partes, esse movimento de ascensão é por minha causa.”
Bolsonaro aproveitou para criticar a Carta pela Democracia, que tem sido lida por diversas entidades e autoridades na última semana.
“Apoia um monte de ditador. Fidel Castro, Evo Morales, Kim Jong-un, e depois escreve uma carta em favor da democracia? Aí depois me acusam de ser o cara que está planejando um golpe. Por acaso já me viram andando com tanques do Exército por aí?”, questionou.