Coordenador da APLB manda recado a Bruno Reis após greve completar 60 dias: ‘O povo não é besta’
Em entrevista ao Farol, Rui Oliveira afirmou que a categoria espera uma nova proposta da prefeitura

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A greve dos professores da rede municipal de Salvador completou 60 dias nesta sexta-feira (4), com mais de 100 escolas ainda sem aulas. Até o momento, a categoria e a prefeitura não chegaram a um acordo.
Em entrevista ao Farol da Bahia, o coordenador-geral da APLB Sindicato, Rui Oliveira, informou que uma nova assembleia será realizada na próxima terça-feira (8), às 14h, no Ginásio dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos.
Segundo ele, a paralisação continuará caso a gestão do prefeito Bruno Reis (União Brasil) não apresente uma nova proposta.
“São 60 dias de sala de aula vazia. Queremos saber se o governo vai apresentar alguma proposta. Se não fizer, a greve continua. Se a prefeitura insiste em dizer que está tudo bem, por que o povo grita?”, questionou.
Rui também criticou o prefeito e comparou sua atuação à de ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil.
“O prefeito tem o mesmo DNA do chefe dele, que é ACM Neto: não conversa com ninguém e quer impor tudo. Mas o povo não é besta. Por isso, estamos parados até hoje”, afirmou o dirigente sindical.
Entenda o impasse
A greve foi deflagrada em 6 de maio. Os professores reivindicam o cumprimento do piso nacional do magistério, fixado em R$ 4.867,77. Em maio, a Câmara de Salvador aprovou um reajuste de até 9,25%, percentual considerado insuficiente pela categoria.
Em junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que determinou o fim da greve e o retorno imediato dos docentes às salas de aula.