Coreia do Norte anuncia que enviar milhões de panfletos ao Sul
O regime deseja adotar represália com "a maior distribuição de panfletos contra o inimigo", afirmou a agência oficial de notícias KCNA
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Foi anunciado pelo governo da Coreia do Norte nesta segunda-feira (22) que serão enviados em balões ao Sul milhões de panfletos de propaganda. A ação é resposta ao aumento da retórica contra Seul depois de destruir um escritório de relações entre os países.
Na semana passada, a Coreia do Norte destruiu o escritório de relações em seu lado da fronteira, um local inaugurado em setembro de 2018 ao norte da Zona Desmilitarizada (DMZ), e que simbolizava a aproximação intercoreana. Pyongyang também ameaça reforçar a presença militar na DMZ.
Analistas informam que o Norte desejaria provocar uma crise como estratégia para obter concessões, no momento em que as negociações internacionais sobre a desnuclearização se encontram paralisadas.
Como represália, o regime deseja adotar represália com "a maior distribuição de panfletos contra o inimigo", afirmou nesta segunda-feira a agência oficial de notícias KCNA.
Segundo a agência, no total foram produzidos "12 milhões de panfletos de todo tipo que refletem a ira e o ódio das pessoas de todos os âmbitos da vida", destacou a agência, antes de afirmar que mais de 3.000 balões estão prontos para o envio ao Sul.
Conforme a KCNA, o impacto dos panfletos no Sul é muito limitado porque a maioria dos sul-coreanos nem sequer lê os papéis.
Desde o fracasso do encontro de cúpula em Hanói entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início de 2019, que as relações intercoreanas estão bloqueadas. A reunião pretendia discutir as concessões que a Coreia do Norte estava disposta a aceitar para que os países ocidentais reduzissem as sanções econômicas implementadas contra o regime.