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Coreia do Norte testa míssil intercontinental, afirmam Japão e Coreia do Sul

Realização do teste viola resoluções da ONU; projétil lançado é considerado uma poderosa arma ICBM

Por Da Redação
Ás

Coreia do Norte testa míssil intercontinental, afirmam Japão e Coreia do Sul

Foto: JUNG YEON-JE/Getty Images

Os governo do Japão e da Coreia do Sul afirmara que a Coreia do Norte realizou, nesta quinta-feira (24), o que se acreditam ser o maior teste do país envolvendo um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) e o primeiro envolvendo uma poderosa arma deste tipo desde 2017. 

As autoridades sul-coreanas informaram que o projétil foi lançado nas proximidades de Sunan, onde fica o aeroporto internacional de Pyongyang.

De acordo com as autoridades japonesas, o lançamento desta quinta parece ter sido feito com um novo modelo de ICBM, que voou por cerca de 71 minutos a uma altitude de cerca de 6 mil quilômetros e com um alcance de 1.100 quilômetros a partir do ponto de lançamento.

O míssil caiu dentro da zona econômica exclusiva do Japão, cerca de 170 quilômetros a oeste da prefeitura de Aomori, no norte do país, segundo afirma a guarda costeira japonesa. 

Já as autoridades militares da Coreia do Sul disseram que o míssil alcançou um altitude máxima de 6.200 quilômetros e uma distância de 1.080 quilômetros. 

Esses números apontados pelos governos japonês e sul-coreano significam que esse teste alcançou uma altitude e uma distância maiores do que as do último feito de um ICBM, em 2017, quando a Coreia do Norte lançou um míssil do modelo Hwasong-15 que voou por 53 minutos a uma altitude de 4.475 quilômetros, com um alcance de 950 quilômetros.

Esse teste realizado nesta quinta pela Coreia do Norte seria ao menos o 11º teste de míssil já conduzido pelo país, somente neste ano - uma frequência sem precedentes -, e marcaria o fim de uma moratória autoimposta de testes de longo alcance e nucleares.

Foi uma "quebra da suspensão de lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais prometida por Kim Jong-un [líder norte-coreano] à comunidade internacional", afirmou o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em comunicado.

"Representa uma séria ameaça à península coreana, à região e à comunidade internacional", acrescentou Moon, completando se tratar de uma "clara violação" de resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Como consequência da quebra de moratória, a ONU impôs sanções à Coreia do Norte e proibiu que o país realize testes de armas balísticas e nucleares. 

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