Coreia do Sul faz reunião de emergência e promete apoiar detidos em fábrica nos EUA
Megaoperação prendeu mais de 300 imigrantes sul-coreanos em uma fábrica da Hyundai

Foto: Republic of Korea/Flickr
O governo da Coreia do Sul realizou uma reunião de emergência neste sábado (6) para discutir a prisão de mais de 300 imigrantes sul-coreanos pelo governo Trump em uma fábrica da Hyundai nos Estados Unidos nesta semana.
O presidente Lee Jae-myung ordenou que todos os esforços sejam feitos para responder rapidamente às detenções, e o ministro das Relações Exteriores, Cho Hyun, disse que o governo montou uma força-tarefa e que ele poderá ir a Washington D.C. para se reunir com autoridades americanas, se necessário. Um porta-voz do Ministério criticou os Estados Unidos.
Ao todo, 475 imigrantes foram presos na fábrica, que fica no estado da Geórgia, em megaoperação do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) realizada na quinta-feira (4) e revelada na sexta. A operação foi a maior na história do Departamento de Segurança Interna americano, levando em conta a quantidade de presos de uma só vez.
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul expressou pesar e preocupação com a operação. “As atividades econômicas de nossas empresas que investem nos Estados Unidos e os interesses de nossos cidadãos não devem ser violados injustamente no decorrer da aplicação da lei americana”, disse o porta-voz do ministério, Lee Jae-woong, em comunicado na sexta-feira.
"Estou profundamente preocupado. Sinto uma grande responsabilidade pelas prisões de nossos cidadãos", disse Cho durante a reunião de emergência do governo.
Ainda não se sabe se todos os imigrantes presos estavam ilegais nos EUA. O governo Trump disse que todos os presos estavam trabalhando ilegalmente no país, em violação ao tipo de vistos que tinham.