Coronavírus aumenta tensão entre EUA e China
Trump chamou doença de 'vírus chinês'
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A tensão entre os Estados Unidos e a China cresceu diante do cenário de pandemia do novo coronavírus e após declaração do presidente americano, Donald Trump, chamando a doença de ‘vírus chinês’.
“Os Estados Unidos apoiarão fortemente as indústrias, como companhias aéreas e outras, que são particularmente afetadas pelo vírus chinês”, disse Trump no Twittter nessa segunda-feira (16).
A China reagiu nesta terça-feira, dizendo que está “indignada” com essa expressão, que considera uma forma de “estigmatização”.
É o último capítulo de uma série de desacordos entre os dois países nesta crise global da saúde. Nos últimos dias, várias autoridades chinesas divulgaram teorias sobre uma suposta conspiração e até apontaram que o coronavírus foi levado para a China pelos militares americanos.
Os Estados Unidos devem “cessar imediatamente suas acusações injustificadas contra a China”, disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang.
A doença foi detectada pela primeira vez na China em dezembro de 2019. As autoridades disseram que ele apareceu em um mercado de Wuhan onde animais vivos estavam sendo vendidos. Mas, desde então, a China tem mantido reserva sobre a natureza do vírus e diz que sua origem é desconhecida.
O número de óbitos pela epidemia na China subiu para 3.226 nas últimas 24 horas, com o registro de mais 13 mortes. No mundo, já há mais de 190 mil infectados, com mais de 7.800 mortes.