Coronavírus: Crise econômica será maior se vírus não for contido, diz Opas
Diretora do órgão disse que países precisam antes se precaver
Foto: Agência Brasil
A Organização Pan Americana de Saúde (Opas) comunicou na última terça-feira (5), que a retomada das atividades econômicas e o relaxamento das medidas de isolamento devem feitos com cautela. A diretora do órgão, Carissa Etienne, afirma que os países das Américas devem seguir atuando de maneira agressiva no combate à pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e que as pressões sociais e econômicas serão ainda maiores se o vírus não for contido.
"Não há receita para a reabertura dos comércios. Nem há uma medida que se adapte a todos. A decisão da transição deve ser feita com muito cuidado. O princípio é encontrar o equilíbrio entre salvar vidas e proteger a economia. Entre desacelerar a transmissão ,e evitar o colapso sanitário, e a minimização dos riscos dos problemas socioeconômicos", defendeu Carissa durante conferência para a imprensa, transmitida pela internet.
De acordo com o último boletim, nas Américas, já são 1,4 milhão de casos e 80 mil mortes. Há um crescente debate sobre quando os países poderão voltar a abrir os comércios e serviços não essenciais, e quando as pessoas poderão deixar o distanciamento social e começar as atividades regulares
Ainda segundo a diretora da Opas, ainda há muitos países onde o número de casos está dobrando em questão de dias. "Nos Estados Unidos, no Canadá, Brasil, Equador, Peru, Chile e México estamos vendo uma duplicação de casos em 4 dias ou menos. Esse é um indicador que preocupa pois indica que a transmissão segue muito alta nesses países e que se deve implementar toda uma gama de medidas de saúde pública: ampla testagem, rastreio dos contatos, isolamento dos casos e, claro, distanciamento social", concluiu Etienne.
Segundo o diretor adjunto da Opas, Jarbas Barbosa, antes de pensar na retomada das atividades, os países devem ter indícios claros de que já controlaram a transmissão do novo coronavírus.