Coronavírus: Governo anuncia R$ 88 bi para Estados e municípios
Bolsonaro não ficou para responder às questões dos jornalistas
Foto: Isac Nóbrega/PR
Depois de se reunir em teleconferência com governadores do Norte e Nordeste, Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (23) a liberação de mais de R$ 88,2 bilhões para Estados e municípios. Desta vez, na entrevista coletiva, a equipe não usava máscaras. Bolsonaro não ficou para responder às questões dos jornalistas.
Sendo assim, coube ao secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, explicar como será liberado o valor. Segundo ele, as seis medidas previstas levaram em conta demandas dos governantes e entidades, como a suspensão e renegociação de dívidas dos entes com a União e a facilitação de operações de crédito.
Detalhadamente, a primeira medida trata da transferência direta do Fundo Nacional de Saúde aos 27 Fundos dos Estados e Distrito Federal, e aos municípios, no total R$ 8 bilhões. A segunda é a suspensão de dívidas entre os entes e a União, totalizando em R$ 12,6 bilhões. A terceira trata-se da renegociação de dívidas com os bancos federais, que soma R$ 9,6 bilhões. A quarta se refere ao Sistema Único de Assistência Social e soma R$ 2 bilhões.
A quinta medida trata do repasse de R$ 16 bilhões dos Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A última, prevê R$ 40 bilhões em operações de crédito, metade em medidas legislativas em tramitação e outra metade em securitização das dívidas.
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, destacou a liberação dos R$ 2 bilhões do Orçamento Assistência Social e adiantou que está finalizando plano especial para os idosos. Para o ministro, é preciso atenção com os mais vulneráveis. "É importante que os Centros de Assistência Social não fechem", pediu Lorenzoni.
Em relação ao Bolsa Família, Lorenzoni falou que, em abril, 14,3 milhões de famílias serão atendidas.
Nesta terça, devem ser realizadas reuniões com governadores das outras três regiões do país: Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Vacina contra a gripe
Na coletiva, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou que a equipe vai gradativamente medir o impacto das ações e lembrou que os sistemas de saúde tratam não apenas do vírus, mas de outras doenças, por isso, é essencial garantir a continuidade dos atendimentos. Mandetta entende que uma alta adesão à vacinação de gripe, que começou em todo o país, ajuda nisto.
