Coronavírus: Suécia encara recessão e mortes em alta
País registriu 3.646 mortes pela Covid-19
Foto: Agência Brasil
Com os efeitos da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, a Suécia enfrenta uma recessão econômica similar ao restante da Europa, além de ter mais mortes do que outros países nórdicos. O país adotou distanciamento social leve, com apenas recomendação à população de evitar aglomerações. Estabelecimentos comerciais seguem abertos. O país registriu 3.646 mortes pela doença, o que representa 361 por cada milhão de habitantes.
A economia sueca, não está bem. Com isso, a Comissão Europeia elaborou um documento com previsão para o desempenho da economia no continente em que estima queda geral de 7,4% do PIB na região. No caso sueco, a estimativa é de que a economia tenha contração de 6,1%, ou seja, pouco melhor do que o restante da Europa. O Riksbank, banco central sueco, é mais pessimista: estima queda do PIB de 7,1%.
O presidente do banco central sueco, Stefan Ingves, afirmou, em entrevista ao jornal Financial Times, que a maior parte da economia fechou "de um jeito ou de outro" porque, "se as pessoas ficam em casa, é difícil estimular". Ele disse também que não sabe dizer, neste momento, se Suécia terá alguma vantagem econômica sem lockdown, o que só conseguirá avaliar no próximo ano. Mesmo com o comércio aberto, a economia sueca é dependente de outras da Europa e do mundo. E há indústrias fechadas porque não há demanda para exportação.
Uma pesquisa realizada por economistas dinamarqueses da Universidade de Copenhague, publicada na semana passada, comparou a economia do país e da Suécia: a conclusão é que o consumo foi reduzido em 29% na Dinamarca, e em 25% na Suécia. Ou seja, índices similares apesar de o comércio sueco permanecer aberto.