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Coronel diz que áudio da Overclean não prova crime de indicado ao Dnocs: ‘Rapaz de conduta ilibada’

Senador afimou que Rafael Guimarães aparece apenas preocupado com as emendas destinadas para obras

Por Ane Catarine Lima
Ás

Atualizado
Coronel diz que áudio da Overclean não prova crime de indicado ao Dnocs: ‘Rapaz de conduta ilibada’

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) afirmou nesta quinta-feira (12), em entrevista ao Farol da Bahia, que as investigações da Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Overclean não provam nenhum crime contra o coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) na Bahia, Rafael Guimarães de Carvalho.

O parlamentar disse que o indicou ao cargo em 2023 porque ele é um homem de “conduta ilibada” e que, até o momento, a polícia revelou apenas uma gravação em que ele aparece preocupado com as emendas de um senador.

clique aqui para ouvir a gravação

“Rafael foi uma indicação nossa para o Dnocs. Quando indicamos ele, fizemos uma pesquisa e não encontramos nada desabonador da vida dele. É um rapaz de conduta ilibada. Tanto é que na operação da Polícia Federal não tem nenhuma acusação contra ele, apenas um diálogo com um empreiteiro”, afirmou.

Coronel confirmou ainda que pode ser o parlamentar citado na gravação obtida pela PF porque, de fato, destinou emendas para o Dnocs na Bahia e costumava ligar para Rafael Guimarães a fim de cobrar celeridade na execução das obras. Segundo o senador, essa é uma prática comum de quem destina emenda e motivo da preocupação do coordenador do órgão na gravação.

“Na mensagem obtida pela polícia, ele aparece preocupado porque quem bota a emenda pressiona para que a obra seja feita rapidamente. E eu e outros deputados, por exemplo, ligamos para pressionar ele. O parlamentar coloca a emenda e o Dnocs fica responsável por contratar as empresas para executar a obra. É assim que funciona. Quando a empresa demora para executar, o parlamentar pressiona. Esse foi o caso, eu pressionei ele mesmo.”

Oposição alvo da operação

Questionado sobre membros do União Brasil citados pela PF na operação, Coronel pregou cautela, não criticou os opositores e defendeu que, até o fim do inquérito, todos devem ser considerados honestos. 

“Não posso prejulgar ninguém. Acredito que só podemos ter um veredito quando as apurações forem concluídas. Se houver culpados, que sejam punidos. Não podemos, antes de o inquérito ser fechado, culpar ninguém por antecipação. Para mim, enquanto não houver julgamento, todo mundo é honesto. Isso independentemente de ser oposição ou situação”, afirmou.

Alguns dos integrantes do União Brasil citados na Overclean são o prefeito de Salvador, Bruno Reis, e o ex-prefeito ACM Neto. Eles são apontados como amigos próximos de alvos diretos do esquema de lavagem de dinheiro e desvio de emendas parlamentares.

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