Corregedora do MPF instaura sindicância para apurar conduta de auxiliar de Aras na Lava-Jato
Fatos ocorreram entre 23 e 25 de junho

Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ
Por determinação da corregedora-geral do Ministério Público Federal (MPF), Elizeta Maria de Paiva Ramos, foi aberta uma sindicância para apurar os fatos ocorridos entre 23 e 25 de junho, quando a coordenadora do grupo de trabalho da Lava-Jato esteve em Curitiba para reuniões com integrantes da força-tarefa no Paraná.
A subprocuradora Lindora Araújo é acusada de realizar uma manobra ilegal para tentar copiar dados sigilosos da operação. A sindicância também servirá para que seja esclarecida a existência de equipamentos utilizados para gravação de chamadas telefônicas recebidas por integrantes da equipe da força-tarefa, incluindo membros e servidores.
Segundo o ofício da Lava-Jato, Lindora foi a Curitiba realizar uma espécie de inspeção nos trabalhos da força-tarefa, fazendo questionamentos sobre o acervo de processos, um contrato do MPF do Paraná e sobre os bancos de dados. Na decisão, Paiva destacou ter conversado por telefone com integrantes da força-tarefa na noite da última quarta-feira (24/6). Porém, não exerceu juízo de valor sobre as atividades da coordenadora durante a visita.
Por fim, pontuou ter havido exposição midiática dos fatos, sem que houvesse tempo razoável para análise do ofício e definição de providências por parte da Corregedoria do MPF. "Não se pode utilizar a mídia como uma forma indevida de pressão contra quem quer que seja, inclusive para preservação dos direitos dos próprios noticiantes, que sempre tiveram, nesta corregedoria, o devido cuidado e respeito no tratamento dos fatos e informações de seu interesse", disse a corregedora.