Corregedoria da PRF investigará presença de agentes em hospital após morte de menina no Rio de Janeiro
Tia da vítima relata intimidação por parte de policiais
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A corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou na segunda-feira (18), que iniciará uma investigação para esclarecer as circunstâncias da presença de agentes da corporação no hospital após o trágico incidente em que Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, foi baleada durante uma abordagem da PRF no Rio de Janeiro. A menina, que lutou pela vida por nove dias, faleceu no último sábado (16).
Uma tia da vítima depôs perante o Ministério Público Federal (MPF) na Baixada Fluminense e relatou que 28 agentes da PRF estiveram no hospital após o incidente, afirmando que um deles a intimidou.
A PRF confirmou a existência de dois procedimentos em andamento na Corregedoria da corporação, um relacionado à ocorrência que resultou na morte de Heloísa e outro referente à presença dos agentes no hospital de Duque de Caxias.
A assessoria de imprensa da PRF informou que a denúncia sobre os 28 policiais no hospital não chegou formalmente à Corregedoria, mas a possibilidade de sua presença não está descartada. A Corregedoria busca agora entender os motivos que levaram cada policial ao hospital e investigará qualquer alegação de intimidação.
O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, reconheceu a justificada comoção nacional pela morte da pequena Heloísa e admitiu que a corporação enfrentou, nos últimos dois anos, uma série de ocorrências trágicas, ainda que isoladas. Ele afirmou que a PRF aborda sete milhões de pessoas anualmente, com dezenas de milhares de prisões e destacou os altos índices de apreensões de drogas.
Oliveira enfatizou que a PRF está aberta para discutir o tema e destacou a transparência nos indicadores operacionais da corporação, ressaltando sua relevância na promoção da cidadania.