Corregedoria do MPF entra com pedido para ter acesso a cópia de dados da Lava-Jato
Entidade alega que solicitação faz parte de um procedimento interno

Foto: Reprodução/PGR
A corregedora-geral do MPF (Ministério Público Federal), Elizeta Maria de Paiva Ramos, determinou que a força-tarefa da Lava Jato no Paraná envie cópia da base de dados da operação. A atividade faz parte de um procedimento interno para verificar se houve irregularidade na atuação do grupo. As informações sigilosas da investigação motivaram uma queda de braço entre os procuradores de Curitiba e a PGR (Procuradoria-Geral da República).
A obtenção de dados é um desejo da gestão de Augusto Aras, que já entrou com uma requisição direta aos procuradores do Paraná e chegou a acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) para obter, sem sucesso, a cópia nos dois casos. Agora, as informações foram copiadas pela Sppea (Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise) da PGR, que é ligada ao gabinete do procurador-geral. A Corregedoria-Geral, no entanto, afirma que os dados não estarão à disposição de Aras.
Ao requisitar o acesso, Aras explica que isso é o que ele chama de uma "caixa de segredos" e a necessidade de "correção de rumos" na operação. No fim de junho, a coordenadora dos processos ligados à Lava Jato na PGR, Lindôra Araújo, foi a Curitiba solicitar os dados, mas os procuradores não aceitaram e criticaram a "inspeção informal". O episódio resultou na abertura de uma sindicância interna no órgão.