Correios tiveram prejuízo de R$ 1,7 bilhão nos três primeiros meses de 2025

Os Correios estão atravessando uma grande crise financeira e foi apontado um prejuízo de R$ 1,72 bilhão nos três primeiros meses de 2025. A quantia é superior ao que foi contabilizado no primeiro trimestre de 2024 (R$ 801 milhões). A empresa passa por vários desafios como a concorrência que aumentou significativamente, atrasos em pagamentos e escassez de insumos essenciais. 

O Tribunal de Contas da União (TCU) ainda localizou irregularidades contábeis que podem agravar de forma considerável a situação dos Correios. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tomou a decisão de suspender os voos da estatal por causa do transporte de produtos perigosos, mas a empresa já está negociando para impedir que os serviços sejam interrompidos. Os Correios emitiram uma nota em que afirmam que estão “comprometidos com o cumprimento integral da legislação vigente” e que o problema decorre “de práticas herdadas de gestões anteriores”.

Outro problema que a empresa enfrenta é a falta de carteiros em várias regiões do Brasil, o que tem afetado a qualidade do serviço prestado. Os funcionários da estatal também tem demostrado preocupação com os atrasos nos pagamentos das contribuições ao fundo de previdência Postalis. 

Os Correios afirmaram que estão tomando as devidas providências para diminuir os custos e garantir a continuidade das operações. Contudo, somente 15% das agências estão atuando com superávit. A estatal tem colocado a culpa da crise na nova tributação sobre compras internacionais, que teve um impacto negativo sobre o faturamento e complicou sua recuperação financeira.