Costa de Salvador até Abrolhos será mais expostas a branqueamento de corais
Cerca de 20 espécies de corais vivem nesses locais
Um estudo publicado nesta sexta-feira (25) na revista Scientific Reports, do grupo Nature, por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) afirmou que a costa da Bahia, de Salvador até o bancos dos Abrolhos, com os mais importantes e mais diversos recifes de corais do Atlântico Sul, será a região brasileira mais atingida pelo branqueamento de corais até 2050. Cerca de 20 espécies de corais vivem nesses locais.
Esse fenômeno deve acontecer por causa do aquecimento global e, consequentemente, no aumento da temperatura das águas dos oceanos, que deve aumentar em até 3°C, segundo projeções do Painel Intergovernamental para Mudança de Clima (IPCC).
Mestre em Ecologia pela UFRN, a bióloga Jéssica Bleuelexplica que o aquecimento das águas está diretamente ligado ao branqueamento dos corais.
“O coral vive em simbiose com microalgas que estão no entorno de seu tecido, e é a partir dessa relação mútua que a microalga faz a fotossíntese – que dá a cor do coral – e fornece vários nutrientes. Essas microalgas são a principal fonte de alimento do coral que, em troca, oferece abrigo”, explica Jéssica.