Covid-19: 50% dos médicos acusam falta de equipamentos de proteção individual
Pesquisa foi realizada pela Associação Paulista de Medicina (APM)
Foto: Reuters
Uma pesquisa realizada pela Associação Paulista de Medicina (APM), divulgada nesta terça-feira (28), apontou que 50% dos médicos, que atuam no combate contra a Covid-19, enfrentam, no local onde trabalham, a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs).
O levantamento mostra também que 50% dos médicos pesquisados disseram que faltam máscaras N95 ou PFF2, adequadas para bloquear o coronavírus; 38,5% afirmaram faltar proteção facial; 26% acusaram a falta de óculos; 31%, de aventais; 36,5%, de máscaras cirúrgicas; e 21,5%, de orientação ou programa para atendimento.
A falta de testes para detecção da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, em pacientes com suspeita também foi apontada por 66% dos profissionais. Ainda segundo a pesquisa, 41% dos médicos disseram que há testes disponíveis, mas apenas para pacientes com sintomas graves.
A pesquisa, que foi realizada pela Associação Paulista de Medicina de 9 a 17 de abril, tem a participação de 2.312 profissionais de todo o país, sendo que 65% deles disseram atuar em locais onde há o atendimento de pacientes com covid-19. Dentre esses, 34% trabalham em serviços privados; 41%, públicos; e 25%, em ambos.
Diante da falta generalizada dos equipamentos de proteção para os profissionais de saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou um aumento de 40% na produção de máscaras cirúrgicas e de outros equipamentos de proteção de funcionários do setor de saúde.