Covid-19: Ao menos 12% da população ainda não se vacinou no Brasil
Presidente da SBIm associa número a divulgação de notícias falsas contra os imunizantes
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa (Conass), ao menos 12% da população vacinável do país ainda não recebeu nenhuma dose contra a Covid-19. Ao todo, desde o início da campanha de vacinação, em janeiro de 2021, mais de 409.151.616 doses do imunizante já foram aplicadas em território nacional.
Atualmente, o público alvo é de maiores de 5 anos, em duas doses e reforço. Já os Idosos e imunossuprimidos podem receber a quarta dose.
Dos que receberam a primeira, dose, quase 19% não voltaram para tomar a segunda e completar o esquema vacinal.
O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, aponta que a campanha de vacinação no país foi um sucesso, mas que o número de pessoas não vacinadas reflete a desinformação e notícias falsas divulgadas em torno dos imunizantes.
“A gente imaginava que teríamos em torno de 5% de não-adesão, que representa o público historicamente conhecido como antivax, negacionista, que já existia antes da pandemia e persistiram. O que surpreende é ter mais do que esperávamos”, afirmou.
“Um aspecto importante é que parte dos faltosos muitas vezes não se vacina por falta de tempo, conhecimento ou acesso. Em geral, essa população é mais vulnerável e cabe aos municípios avaliar os dados e usar estratégias de busca ativa não só para os não-vacinados, mas também para quem não completou o esquema”, explicou o presidente da SBIm.
“Um aspecto importante é que parte dos faltosos muitas vezes não se vacina por falta de tempo, conhecimento ou acesso. Em geral, essa população é mais vulnerável e cabe aos municípios avaliar os dados e usar estratégias de busca ativa não só para os não-vacinados, mas também para quem não completou o esquema”, explicou o presidente da SBIm.
Mesmo que a vacina proteja individualmente os indivíduos contra o vírus, Cunha defende que é importante convencer os 12% que ainda não tomaram o imunizante pelo bem da sociedade. “Cada um que não toma a vacina impacta a proteção coletiva”, disse.