Coronavírus

Covid-19: Bahia tem 24 presos com teste positivo para a doença

Promotor Edmundo Reis afirma que medidas adotadas pelo MP-BA dentro do sistema carcerário têm sido eficazes

Por Da Redação
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Covid-19: Bahia tem 24 presos com teste positivo para a doença

Foto: Reprodução

A Bahia tem uma população carcerária de 13.472 internos e, deste total, apenas 0,2% foi detectado com a Covid-19, o que corresponde a 24 presos testados positivos para o novo coronavírus. O promotor Edmundo Reis, do Ministério Público da Bahia (MP-BA), em entrevista à Rádio Metrópole, afirmou que as medidas adotadas pelo órgão dentro do sistema carcerário têm sido eficazes.

“O que se fez nacionalmente e aqui [na Bahia] foi replicado é um plano de contingência em que você tem locais de isolamento para aqueles que são suspeitos e para os positivados. O que o sistema tem feito, e até com bom resultado, é uma barreira sanitária na entrada das unidades, antes da entrada de qualquer preso vindo de fora, e lá dentro você tem o que a gente chama de buscativo, quando são procurados os que apresentam sintomas da Covid-19”, explicou o promotor.

Edmundo Reis disse que nos dois maiores presídios do estado, Mata Escura, em Salvador, e o de Feira de Santana, o que se tem feito é deslocar detentos com sintomas da doença para alas específicas. “A administração penitenciária destinou locais específicos para o isolamento dessas pessoas”, informou.

O promotor se mostrou contrário à manutenção da custódia em delegacias, sendo este um ponto que o MP-BA permanece tentando encontrar uma solução junto à Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). 

“Se já no sistema prisional, em que você tem um posto de saúde para cada unidade, que foi acrescido em 20% de funcionários em meio à pandemia, já há um atendimento crônico e constante, imagine nas delegacias. As delegacias não estão preparadas para custódias. O preso tem de ser conduzido para as unidades do sistema prisional”, defendeu.

Edmundo Reis se preocupa com a circulação de pessoas nas unidades. “As delegacias são frequentadas também pela população que vai prestar queixa, buscando os serviços policiais. Por isso se torna mais vulnerável manter pessoas custodiadas nas delegacias. É isso o que ainda estamos discutindo com a SSP-BA”, concluiu.
 

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