Covid-19: França limita uso da vacina Janssen após estudo sugerir leve risco de infarto

Segundo o comunicado da Alta Autoridade da Saúde (HAS) francesa, o imunizante Janssen, produzido pela empresa & Johnson, deve ser reservado a pacientes que têm risco de desenvolver uma forma grave da Covid-19 e não podem receber uma vacina a base de RNA mensageiro, contraindicada em alguns casos.

Segundo o órgão, os resultados preliminares de um estudo sugerem um leve aumento do risco de infarto do miocárdio nas duas semanas seguintes à vacinação em adultos de menos de 75 anos.

A decisão final, que será tomada a partir das decisões da Agência Europeia de Medicamentos, ainda não foi divulgada.

Foi indicado pela agência francesa, que as vacinas da Pfizer e da Moderna, "que têm melhor eficácia", sejam priorizados na primeira, segunda e terceira dose, inclusive em pacientes que já foram vacinados uma vez com a Janssen. 

Em 2021, quando foi lançado, o imunizante continha dose única e proporcionava alto nível de proteção, entre 85% e 90%. Porém, uma pesquisa divulgada em novembro de 2021, pela Universidade do Texas, realizada com mais de 780 mil pessoas, informou que após seis meses da aplicação, a eficácia da vacina caia em aproximadamente 86%. No caso da variante Ômicron, ela garante uma proteção de 85% contra formas graves entre um e dois meses após a primeira e única injeção. As informações são da revista científica medRxiv.

A França parou de receber as estregas da Janssen no mês de julho do ano passado. A estimativa é de que cerca de um milhão de pessoas tenham recebido uma dose da vacina. Apesar do alerta realizado, a Alta Autoridade da Saúde francesa lembra que "os novos dados são preliminares", devem ser interpretados com precaução e precisam ser confirmados por outros estudos internacionais.