Covid-19: MP-BA acusa prefeito, vice e secretário de saúde de Sítio do Mato de furar fila da vacinação
Cássio Guimarães Cursin terá que pagar indenização de R$110 mil
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Foto: Reprodução/Redes Sociais
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) acusa o prefeito de Sítio do Mato, Cássio Guimarães Cursino, o vice-prefeito Dionízio Antônio da Silva e o secretário municipal de Saúde, Davi de Oliveira Nunes, de furar a fila da vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no município. De acordo com a ação civil pública, ajuizada na última quarta-feira (7), pelo promotor de Justiça Fábio Nunes Leal, os gestores municipais foram imunizados no primeiro dia de vacinação do município, em 19 de janeiro.
De acordo com a denúncia, na época da imunização dos gestores, a cidade tinha recebido apenas 68 doses da vacina. Além disso, o caso ocorreu antes das 826 pessoas do grupo prioritário serem contempladas. Na ação, o promotor solicita à Justiça que, em decisão liminar, determine a indisponibilidade dos bens em dez vezes o valor da remuneração dos acusados, sendo R$ 110 mil para o prefeito, R$ 60 mil para o vice e R$ 40 mil para o secretário.
O MP-BA pediu ainda a condenação por ato de improbidade administrativa e pagamento de indenização em R$ 100 mil por dano moral coletivo. Além de solicitar uma retratação por desrespeito à ordem de prioridade da vacinação e a desvinculação da imagem dos gestores à campanha de vacinação. Após as acusações, o prefeito justificou ter se vacinado por falta de orientação e para estimular profissionais de saúde e idosos que estariam resistentes em se vacinar.