Coronavírus

Covid-19: mundo deve sofrer com ondas de contágios por até 2 anos

O fim da quarentena pode levar às ruas milhões de pessoas que ainda não estão imunes contra a doença

Por Da Redação
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Covid-19: mundo deve sofrer com ondas de contágios por até 2 anos

Foto: Reprodução

Especialistas afirmam que como não há cura ou tratamento 100% eficaz para conter o novo coronavírus, o isolamento social pode se repetir ao longo dos próximos 2 anos. Até o momento, mais de 1,8 milhão de pessoas foram infectadas no mundo, com cerca de 115 mil mortes relacionadas à doença.

Alguns países asiáticos como Coreia do Sul e Singapura se tornaram referência no controle da covid-19 por conta de medidas tomadas logo no começo da pandemia. A China, depois de 2 meses de quarentena, conseguiu controlar o avanço da doença. Porém, uma nova ameaça surge: a segunda onda de contaminações.

De acordo com Domingos Alves, da Universidade de São Paulo, "o momento não é de discutir se uma segunda onda virá porque isso é certo. A questão é como virá. Muito provavelmente o coronavírus causará ondas nos próximos dois anos. A questão será nossa capacidade de testar o maior número de pessoas, saber quantos são os infectados, isolar os casos”, explica. Ele integra o time de universidades por trás do projeto Covid-19 Brasil, que faz projeções assertivas do avanço da doença – em uma delas, por exemplo, o grupo acredita haver mais de 6 vezes o número de casos oficiais.

Controlar a covid-19 é um desafio para o mundo. Para isso é necessário, o desenvolvimento em tempo recorde de uma vacina (algo que pode levar mais de 1 ano), um tratamento 100% eficaz contra o vírus, o impacto econômico causado por esta e por futuras quarentenas, entre outros.

Além disso, outra preocupação alerta os países: a taxa de letalidade tem aumentado. Na Alemanha e na Coreia do Sul, ela esteve muito tempo em 0,5%, sendo uma marca invejável para o resto do mundo. Atualmente, porém, ela está em 1% nesses países, mostrando que o novo coronavírus ainda tem muito a surpreender nos próximos meses.

Vale ressaltar que o fim da quarentena pode levar às ruas milhões de pessoas que ainda não estão imunes contra a doença. Assim, mesmo quando se achatar, a curva de infecções pode voltar a crescer caso o vírus ainda esteja circulando em transmissão comunitária.

 Christopher Murray, médico e diretor do Institute for Health Metrics and Evaluation, afirma que o número de mortes e novos casos nos Estados Unidos deve começar a cair em junho. Porém, mesmo nessa época, 95% dos norte-americanos ainda estarão vulneráveis à covid-19 – um relaxamento da quarentena poderia gerar uma nova onda de contágios.
 

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