Covid-19: pesquisa revela que 75% dos moradores das favelas não procuram atendimento médico
Segundo o estudo, 8,8% das casas nas favelas possuem ao menos uma pessoa infectada pela doença
Foto: Agência Brasil
Uma pesquisa feira pela organização 'Viva Rio' revelou que 75,5% dos moradores das favelas não procuram assistência médica para tratar sintomas do novo coronavírus. Os números também apontam que 10% das mortes pela doença ocorreram dentro de casa, sem nenhum atendimento médico.
O estudo integra a iniciativa SOS Favela- Rede Solidária que entrevistou, por meio digital, 3.542 moradores das 332 comunidades em 29 municípios do Rio de Janeiro e o impacto da covid-19 no dia-a-dia.
O levantamante indica que 8,8% das moradias das favelas possuem ao menos uma pessoa infectada pela doença. 4,2% disseram não estar infectados, mas convivem com pelo menos uma pessoa infectada. Do total de entrevistados, 3,2% afirmaram que tiveram diagnóstico positivo para a doença, variando de 4,5%, na capital, a 0,4%, no interior.
Por causa da taxa de contágio e a dificuldade do isolamento social nas comunidades, a organização estima que o número de pessoas contaminadas pela doença nas favelas pode chegar a 150 mil em breve. A pesquisa indica também que as pessoas contaminadas são as que precisam sair de casa para trabalhar, já que 87,9% tem entre 25 e 59 anos de idade.
