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CPI da Covid recebe carta anônima de funcionários que pede investigação rigorosa na distribuidora de vacinas

O grupo Voetur afirmou que desconhece o teor da carta, que "rechaça veementemente o seu conteúdo leviano"

Por Da Redação
Ás

CPI da Covid recebe carta anônima de funcionários que pede investigação rigorosa na distribuidora de vacinas

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Senadores da CPI da Covid receberam, na terça (7), uma carta enviada de forma anônima que dá detalhes sobre os diretores das empresas VTCLog e Voetur, além de citar sua suposta influência sobre o governo Jair Bolsonaro e pede que a comissão aprofunde essa linha de investigação, iniciada em julho.

A carta dos funcionários da empresa, obtida pela Folha, sugere que três das dez companhias do grupo não têm empregados e que uma das gestoras “possui em sua agenda reuniões com a base do governo, especificamente o atual vice-presidente, general [Hamilton] Mourão”, sem apresentar provas.

“A CPI precisa aprofundar não somente na VTCLog, mas em todo o grupo Voetur. Querem blindar a família Sá. A Zenaide [Sá Reis, responsável pelo setor financeiro] tem muitas informações, mas o Carlos Alberto de Sá [dono do grupo] possui contatos”, diz o texto.

“A diretoria dessa empresa conta com um secretário/assessor que detém informações sérias. Luis Henrique é o nome dele, presta inúmeros favores a Andreia Lima, Raimundo Nonato Brasil e Ana Paula Sá, fora os demais diretores”, continua a carta.

O depoimento de Zenaide à CPI é um dos que ainda estão pendentes. A comissão corre o risco de terminar neste mês com pontas soltas e documentos sem análise, após uma pressão interna de senadores pela conclusão dos trabalhos para se esquivar de um eventual desgaste político.

A reportagem questionou a empresa sobre as acusações, o grupo Voetur afirmou que desconhece o teor da carta, que "rechaça veementemente o seu conteúdo leviano" e que buscará "as medidas judiciais cabíveis contra todas as falácias apontadas à imagem da empresa e de seus colaboradores".

A empresa também encaminhou um documento do TCU (Tribunal de Contas da União) de "nada consta" no nome jurídico da VTC. A Vice-Presidência da República informou que não iria se manifestar sobre o assunto.

A VTCLog/Voetur é suspeita de manter um esquema de propina envolvendo Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, o que ambos negam. Ela assumiu toda a logística de distribuição de vacinas, medicamentos e outros insumos do país em 2018, quando o ministro da Saúde era Ricardo Barros, hoje deputado federal (PP-PR) e líder do governo Bolsonaro na Câmara.
 

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