CPI dos atos de 8/1 vai ouvir supostos financiadores em abril e generais em maio
Os deputados que integram a CPI se reuniram na manhã de hoje (4) para definir o calendário
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (DF) que investiga os atos de 8 de janeiro definiu que, em abril, o colegiado vai ouvir os supostos financiadores dos atentados. Em maio, focará o inquérito nos militares do Exército.
Os deputados que integram a CPI se reuniram na manhã de hoje (4) para definir o calendário dos depoimentos. O foco nos generais é a terceira etapa da comissão. As informações reunidas pelo colegiado, até o momento, apontam para a facilitação de membros das Forças Armadas a favor da invasão das sedes dos três Poderes, em Brasília.
Estão na lista de depoentes o general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo de Jair Bolsonaro (PL), e o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que chefiava o CMP (Comando Militar do Planalto). A CPI completou um mês de investigação com cinco depoimentos de autoridades em março.
Integrantes da Segurança Pública do DF e policiais militares foram ouvidos pelos deputados distritais e denunciaram interferência do Exército contra a ação de desmobilização dos acampamentos no quartel-general. A investigação também apontou para falta de orientação do ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres, ex-ministro e aliado de Bolsonaro.
Veja o calendário definido pela CPI:
13/4 - Adauto Lucio Mesquita, empresário investigado por financiar o acampamento em frente ao quartel-general do Exército
20/4 - empresário Joveci Andrade
27/4 - Cíntia Queiroz de Castro, coronel da PM e subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF
4/5 - Augusto Heleno, general e ex-ministro do GSI
11/5 - Fábio Augusto, ex-comandante-geral da PM
18/5 - Gustavo Henrique Dutra de Menezes, general e ex-chefe do CMP
25/5 - José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tserere, preso em 12 de dezembro por atos antidemocráticos