CPI ouve irmãos Miranda nesta sexta-feira (25) após relatos de pressão por importação da Covaxin
A Procuradoria supõe que há indícios de crime no contrato, como superfaturamento
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Foto: Reprodução/R7
A CPI da Covid ouve o servidor da área técnica do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, e o irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) na tarde desta sexta-feira (25).
O parlamentar que é aliado ao governo, disse ter avisado o presidente Jair Bolsonaro sobre indícios de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin, relatados pelo irmão. O contrato foi assinado em 25 de fevereiro deste ano.
De acordo com o parlamentar, seu irmão foi pressionado a agilizar o processo burocrático para que as 20 milhões de doses adquiridas chegassem ao Brasil. Ainda que possuísse o aval, o governo ainda dependeria de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Luís Ricardo teria se recusado a agir de tal forma e disse que sua equipe havia identificado falhas de documentação e inconsistências no contrato.
O servidor apontou à Procuradoria Regional da República do Distrito Federal, pressão atípica para a importação da Covaxin, fabricada pela Bharat Biotech e negociada com o governo federal pela Precisa Medicamentos.
A Procuradoria supõe que há indícios de crime no contrato, como superfaturamento.