Cresce o número de jovens no mundo que não trabalham e não estudam
Expectativa é o número continue aumentando até atingir 273 milhões em 2021
Foto: Reprodução/skynesher
O número de jovens que não trabalham, não estudam ou recebem treinamento aumenta no mundo. Os dados do novo relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) na segunda-feira (9), também revelam que as mulheres enfrentam mais que o dobro de chances de serem afastadas por essa situação.
Os jovens com idades entre 15 e 24 anos que estão empregados também enfrentam um risco maior de perder emprego do que os trabalhadores mais velhos, por causa da automação. Aqueles que possuem o treinamento profissional são particularmente vulneráveis, destaca o relatório.
“Isso reflete como as qualificações adquiridas por meio de treinamento profissional voltado para obtenção de um emprego específico tendem a se tornar obsoletas mais rapidamente do que as adquiridas em programas de educação geral”, diz o relatório.
Em 2016, havia 259 milhões de jovens nessa situação, número que, em 2019, foi estimado em 267 milhões. A expectativa é de que esse número continue aumentando até atingir 273 milhões em 2021. Em percentuais, a tendência também é de aumento, passando de 21,7% em 2015 para 22,4% em 2020. Segundo a OIT, a trajetória indica que a meta estabelecida pela comunidade internacional de reduzir substancialmente a taxa de jovens que não estudam ou trabalham até 2020 não será alcançada.
“Muitos jovens em todo o mundo estão desconectados da educação e do mercado de trabalho, o que pode prejudicar suas perspectivas a longo prazo, além de prejudicar o desenvolvimento socioeconômico de seu país”, disse Sangheon Lee, diretor do Departamento de Políticas de Emprego da OIT.