Cresce proibição de celulares em escolas ao redor do mundo e debate chega ao ensino brasileiro
Assunto é polêmico e divide opiniões ao redor do mundo
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No cenário educacional brasileiro, o uso de celulares e dispositivos eletrônicos nas escolas ganha destaque, conforme alertado pela Unesco em junho. O relatório indicou que um em cada quatro países implementa restrições ao uso desses aparelhos nas instituições de ensino.
Na última terça-feira, os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022 reforçaram a preocupação, evidenciando que os dispositivos móveis impactam a capacidade dos alunos brasileiros de se concentrarem nas aulas.
A questão não é exclusiva do Brasil, tendo sido motivo de debates e normativas em condados dos Estados Unidos e em nações como a França.
Especialistas defendem as restrições como positivas, argumentando que até mesmo durante o recreio, o celular pode prejudicar a socialização. Contudo, pedagogos reconhecem que o telefone pode ser uma ferramenta de apoio ao ensino, indicando que uma proibição total pode não se adequar à realidade cotidiana dos estudantes.
De acordo com a pesquisa TIC Educação 2022, divulgada em outubro pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), o uso do celular com restrições é a norma no país.
Dos alunos entrevistados, 64% afirmaram poder utilizar o aparelho apenas em espaços ou horários específicos, enquanto 28% relataram a proibição total. Apenas 8% têm permissão para usar o telefone livremente em qualquer espaço e horário.
A abrangente pesquisa contempla escolas públicas e privadas, urbanas e rurais, de todas as regiões do Brasil.