Crescimento econômico brasileiro deve perder força devido à inflação, aponta Banco Mundial
Na América Latina, país só deve crescer mais que Haiti e Paraguai este ano
Foto: Agência Brasil
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil começou o ano com um crescimento sólido da economia, registrando alta de 1% de janeiro a março sobre o trimestre anterior. No entanto, um relatório feito pelo Banco Mundial, divulgado nesta terça-feira (7), mostra que essa expansão deve perder força graças à inflação de dois dígitos e ao investimento baixo.
Com isso, após um crescimento esperado de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano, a economia do país deve crescer apenas 0,8% em 2023. Esse valor é menos de 1/3 da alta de 3% esperada para a economia global, e de metade da alta de 1,9% prevista para a América Latina. Considerando os países da América Latina e Caribe, o Brasil só deve crescer mais este ano que o Haiti (-0,4%) e o Paraguai (0,7%), entre os países com previsões feitas pelo Banco Mundial.
Já a projeção de alta de 0,8% no PIB brasileiro para o próximo ano é a menor entre os países da região, empatada com a do Chile. Dessa forma, o crescimento brasileiro, tanto este ano quanto no próximo, deve ser menor que as altas esperadas para o México e a Argentina: enquanto o primeiro deve crescer 1,7% e 1,9% em 2022 e 2023, respectivamente, o segundo deve ver altas de 4,5% e 2,5%. Entre as maiores economias de cada região, as expansões projetadas para a economia brasileira deste ano e do próximo só perdem para os dados da Rússia.