Crianças entre 0 e 4 anos são afetadas de forma mais leve pela Covid-19

Com negociações sobre a eficácia dos imunizantes da CoronaVac e Pfizer em crianças acima de 3 anos, os especialistas estudam como o coronavírus se comporta no corpo dos pequenos entre os 0 e 4 anos de idade. 

Um estudo britânico, divulgado em janeiro, mostrou que entre crianças acometidas pelos vírus, os números de infecções graves são muito menores. Do total, 42% das internações eram de menores de 1 ano, mas com casos leves e com tempo de internação curto. 

Dentre os motivos que explicam a alta taxa de internação entre pessoas de 0 a 1 ano de idade, é a falta de imunizante para a doença. 

Os principais sintomas registrados da Covid-19 no público infantil são febre, coriza e tosse, além de dores de cabeça, na garganta e no corpo. Mesmo sem imunizante, os médicos apontam que bebês e crianças tendem a ter mais casos leves e assintomáticos do que adultos, sendo necessário o isolamento e a testagem dos pequenos, além de observar para que o quadro não agrave.

"Quase nunca é fácil distinguir se uma criança com febre, coriza e tosse tem Covid-19, gripe ou resfriado", afirmou o presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri.

"Se a criança contraiu a Covid-19, os pais devem observar os sinais de alarme: febre persistente por mais de 72 horas, cansaço, falta de ar e prostração. É sempre bom medir a oxigenação.", explica.

Atualmente, cientistas australianos investigam se a vacina BCG, desenvolvida contra a tuberculose, pode ajudar o público infantil na proteção contra a Covid-19.

Com o avanço dos casos em crianças e adolescentes, o Ministério da Saúde informou que “a pasta tem dado continuidade às ações para fortalecer o atendimento a esse público durante a pandemia, como a ampliação de leitos pediátricos e incentivo financeiro aos municípios para contratação de médicos pediatras nos serviços da Atenção Primária para garantir o primeiro atendimento".