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Criminosos comercializam dados pessoais e serviços financeiros na dark web

Serviços de hacking, venda de exploits e aluguel de botnets estão entre as principais fontes de lucro

Por Da Redação
Ás

Criminosos comercializam dados pessoais e serviços financeiros na dark web

Foto: Reprodução/ Pond5

O mundo da dark web é um espaço destinado para lavagem de criptomoeda, aluguel de botnets, venda de dados pessoais e ataques. Na última semana, a ESET, empresa de cibersegurança, divulgou uma análise dos principais produtos e serviços comercializados nesse outro lado da internet. As informações são do TechTudo.  

Confira a lista com os principais resultados:

1. Serviços de hacking
Na dark web, a maior parte dos cibercriminosos oferece trabalhos personalizados em torno de € 250 (cerca de R$ 1.563 mil em conversão direta) por hora. O preço dos ataques hacker varia conforme a arquitetura do site e da organização a ser invadida. Se o problema a ser resolvido for urgente, é possível contratar um serviço premium que garante resposta em 30 minutos. 

2. Aluguel de botnet e DDoS
A ESET identificou ofertas de ataques DDoS usando grandes redes de bots. Um dos fornecedores mapeados pela empresa de cibersegurança cobra US$ 89 (cerca de R$ 478) para tirar um site do ar por dois dias. Os valores podem chegar a até US$ 623 (cerca de R$ 3.591,40 mil ) para uma semana. Usuários interessados em orquestrar o ataque sozinhos têm também a possibilidade de comprar um pacote para criar a própria botnet. A oferta inclui o painel de controle, o construtor e os plugins para controle remoto, além de instruções, suporte e manual de atualizações.

3. Venda de exploits
A dark web abriga bancos de dados com todos os tipos de exploits, sequência de comandos ou fragmentos de softwares que conseguem tirar proveito de vulnerabilidades. Alguns deles podem ser baixados gratuitamente e, ao que tudo indica, se destinam a falhas que já foram corrigidas. Outros são mais críticos e custam entre 0,1 e 0,5 bitcoins. A ESET também identificou exploits para vulnerabilidades zero-day, ainda que seja necessário um depósito para entrar nessa área restrita.

4. Venda de servidores e informações
Os criminosos também comercializam servidores roubados e informações comprometidas de usuários. Até o final do ano passado, estavam à venda quase 2.500 servidores no Brasil, mais de 500 na Argentina, 330 no México e 250 na Colômbia. Os preços variam de US$ 10 (R$ 57,64 em conversão direta) a US$ 12 (cerca de R$ 69) por servidor, embora possam chegar a US$ 15 (cerca de R$ 86) nos casos em que o sistema operacional do computador é mais atualizado.

A venda de informações pessoais é mais uma fonte de lucro para os criminosos da dark web. Entre os dados comercializados estão e-mails, senhas, endereços, documentos de identidade e até números de segurança social ou de registro. Cartões de débito e crédito obtidos por meio de campanhas de phishing também estão à venda.

5. Serviços financeiros e lavagem de criptomoedas
Os serviços de lavagem de bitcoin, também chamados de Bitcoin Mixers, estão se tornando cada vez mais populares. O mecanismo é muito simples, uma vez que o blockchain que armazena as transações em bitcoins é público e rastreável. Com os Bitcoin Mixers, os criminosos realizam uma série de transações pequenas entre o dinheiro "sujo" e "limpo" das reservas, dificultando o rastreamento.

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