Com fechamentos de portos na pandemia e altos custos, crise de contêineres atinge exportações brasileiras
A área mais afetada foi o agronegócio
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O transporte marítimo global se encontra em crise, 18 meses após o início da pandemia de Covid-19, por conta dos atrasos que surgiram durante o pico do período de compras de final de ano que afetou as exportações brasileiras, especialmente o agronegócio.
Os constantes fechamentos de portos durante a pandemia e os altos custos do frete internacional ajudaram na alta de preços e causaram cancelamentos e atrasos.
As filas de navios carregados vem crescendo pelas faixas litorâneas da China, dos Estados Unidos e de diversos países da Europa.
No Brasil, não existem filas de embarcações, mas o país também não tem encontrado contêineres e navios para o transporte de mercadorias.
Os entraves logísticos para o embarque de mercadorias prejudicou diretamente a comercialização de café verde no país. O setor teve, em setembro, queda de 29,6% na exportação de sacas de 60kg, em comparação ao mesmo mês em 2020.
Outros setores, como o de calçados, também observam o impasse logístico gerar impacto negativo. O frete do contêiner com matéria prima subiu de US$ 3.000 para US$ 10.000.
A frente parlamentar da agropecuária fez uma reunião com os ministérios da Economia, da Infraestrutura e da Agricultura, para tratar da crise. Deve haver um encontro em novembro com transportadores marítimos para resolver o entrave. De acordo com especialistas, fretes marítimos devem ser normalizados apenas em 2022.