Crise de segurança no Equador: presidiários mantêm 178 agentes reféns após fuga de líder criminoso
Ondas de violência e sequestros desafiam as autoridades equatorianas

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Quatro dias após o início do estado de exceção no Equador, provocado por uma crise de segurança desencadeada pela fuga do líder criminoso Adolfo Macías, conhecido como Fito, presidiários de cartéis e grupos criminosos ainda mantêm 178 agentes penitenciários como reféns, conforme relatório oficial divulgado na última quinta-feira (11).
Desde o início da crise, na segunda-feira (8), o sequestro de agentes penitenciários foi uma das primeiras ações dos criminosos em resposta às medidas do governo, que mobilizou milhares de policiais na busca por Fito, líder da facção criminosa Los Choneros.
De acordo com o balanço mais recente divulgado pelo governo equatoriano nesta quinta-feira, 39 funcionários de presídios foram sequestrados ao longo do dia anterior, totalizando 178 reféns sob o controle dos criminosos até a tarde de quinta-feira.
O órgão responsável pela administração dos presídios destacou que os bandidos impedem a entrada das forças especiais por meio de intensos disparos e bombas, tornando a situação ainda mais desafiadora.
A onda de violência desencadeada desde domingo resultou em 16 mortes em diversas cidades equatorianas, incluindo a capital, Quito, e Guayaquil. Explosões, tiroteios, carros incendiados e sequestros de civis, incluindo o brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, residente no país, têm marcado o cenário.
Na quarta-feira, o Itamaraty anunciou a libertação de Thiago Allan Freitas, afirmando que ele se encontra em bom estado de saúde, enquanto as autoridades enfrentam o desafio de conter a crise em curso.