Crise humanitária em Gaza: conflito já tirou mais de 100 mil vidas
Maioria das vítimas são mulheres e crianças
Foto: Reprodução/ Unrwa
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a devastação do conflito em Gaza, que já contabiliza mais de 100 mil vítimas entre mortos, feridos e desaparecidos. Dados do Ministério da Saúde palestino, citados pelo representante da ONU no Território Palestino Ocupado, Richard Peeperkorn, revelam que 60% das mais de 27 mil mortes registradas são de mulheres e crianças. Mais de 66 mil pessoas feridas enfrentam condições precárias de acesso a cuidados médicos.
Nesta sexta-feira (02), Jens Laerke, porta-voz do Escritório de Assuntos Humanitários da ONU, destaca a contínua fuga de milhares de residentes de Gaza, buscando refúgio em condições preocupantes em Rafah, ao sul do país. A situação é descrita como uma "panela de pressão do desespero". Apesar da decisão da Corte Internacional de Justiça há uma semana, a situação humanitária não apresenta melhoras, e a OMS enfrenta desafios significativos para reabastecer hospitais e realizar transferências urgentes de pacientes para fora do país.
A OMS estima que 8 mil palestinos necessitam de tratamento em hospitais fora do país, mas apenas uma pequena fração, cerca de 1,2 mil pacientes, foi encaminhada por Rafah até o momento. A crise humanitária em Gaza continua, exigindo a atenção urgente da comunidade internacional para lidar com as crescentes necessidades médicas e humanitárias.