Crise sanitária do país faz fabricantes internacionais evitarem Brasil, diz Fiocruz
Não há detalhes sobre quais empresas se recusaram pousar no país
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A crise sanitária no Brasil tem feito com que fabricantes internacionais de insumos para vacinas enfrentem dificuldades para enviar produtos para o país. Isso ocorre em meio às reduções de entregas de imunizantes em abril.
Em entrevista ao UOL, o diretor da Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, alertou para possíveis atrasos nas entregas ao Plano Nacional de Imunização (PNI) após empresas estrangeiras negarem realização de voos para o país.
Para ele, os recordes de mortes e o surgimento de novas cepas são os motivos da resistência de companhias internacionais em enviar voos. Isso coloca em jogo a produção de imunizantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) contra a Covid-19, já que os materiais são considerados essenciais para a linha de produção.
"As companhias aéreas estão com a malha reduzida e se deparando com constantes problemas com falta de tripulação. Tal cenário gera o aumento de prazos para recebimento de cargas, com atrasos e reprogramação de voos. Programações de embarque são postergadas, voos são cancelados ou passamos pela situação de falta de espaço para nossas cargas em aeronaves", diz o comunicado de Zuma, sem mencionar quais foram as empresas que se recusaram a pousar no Brasil.