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Política

CSN diz que conjunto de ações da Prefeitura levou ao exaurimento financeiro da concessionária

Empresa rebateu fala do Secretário de Mobilidade Fabrizzio Muller

Por Da Redação
Ás

CSN diz que conjunto de ações da Prefeitura levou ao exaurimento financeiro da concessionária

Foto: SECOM

Após o Secretário de Mobilidade da Prefeitura Municipal de Salvador, Fabrizzio Muller,  afirmar nesta segunda-feira (19) durante entrevista à TV Bahia,  que a prefeitura deve agir apenas como mediadora durante o processo de pagamento de direitos trabalhistas entre Concessionária Salvador Norte (CSN) e rodoviários, os empresários da CSN, responderam,  através de nota que “o que existe hoje de créditos incontroversos, que são aqueles créditos em que não há mais discussão sobre valores, sobre períodos, é o crédito de um reequilíbrio econômico que é previsto em contrato em razão da pandemia. A pandemia foi um fato inesperado do contrato e em razão disto a Prefeitura entende que há necessidade de um reequilíbrio. Foi levantado um valor, este valor é de março do ano passado até junho também do ano passado, período onde já havia a pandemia, já tinha o fato da pandemia, e antes da intervenção da Prefeitura, então neste período existe um crédito já apurado, já calculado (...)”. 

O posicionamento da empresa diz ainda que "este fato reforça o que a CSN vem há muito defendendo: o conjunto de ações da Prefeitura levou ao exaurimento financeiro da concessionária. Houvesse o Município cumprido pontualmente as suas obrigações, a empresa estaria saudável e em operação, sem que houvesse a demissão de 4.500 trabalhadores realizada pela Prefeitura."

"É importante esclarecer que a intervenção na CSN ocorreu a pedido da empresa na justiça, em razão da quebra de contrato por parte do Município, tendo como fundamento, dentre outras matérias, a falta de pagamento do crédito em função do desequilíbrio contratual ocasionado pela pandemia, que agora, tardiamente, a Prefeitura considera devido de forma incontroversa.   

No processo de desmonte da empresa realizado ao assumir a intervenção, a Prefeitura Municipal devolveu 122 veículos novos, com ar-condicionado, que estavam na garagem prontos para operar e transferiu linhas da CSN para a Plataforma e OTTrans. Dentre outros fatos graves, deixou de pagar os acordos celebrados pela empresa na Justiça do Trabalho, descumprindo, novamente, o contrato de concessão.

Ao final de 9 meses na intervenção da empresa, a Prefeitura requisitou mais de 500 veículos e três garagens da concessionária e não acertou o pagamento dos valores que são devidos.

Mesmo com todas as dificuldades, a CSN tenta construir um acordo justo com a Prefeitura para permitir a solução do problema dos empregados. 

Por fim, deve-se lembrar que a Prefeitura não é mera facilitadora no acordo, pois é devedora das verbas trabalhistas, já que foi responsável pela demissão dos empregados, foi omissa na gestão do contrato de concessão e é sucessora da CSN ao prestar o serviço com os imóveis, equipamentos, veículos e mão-de-obra da empresa", completa a nota.

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