Cúpula da Petrobras avalia abrir investigação interna para apurar venda de refinaria na Bahia para árabes
Segundo documento do TCU divulgado em maio de 2022, não houve irregularidades no negócio
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Apesar do aval do Tribunal de Contas da União (TCU), o novo comando da Petrobras avalia abrir uma investigação interna para apurar a venda da refinaria Ladulpho Alves (Rlam) localizada na Bahia, para o fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, Mubadala Capital. O plano é que a apuração seja iniciada após a troca do Conselho Administração e da nova diretoria em abril.
O Tribunal de Contas da União (TCU) avalizou a venda da refinaria e segundo documento (veja aqui) elaborado pela área técnica e divulgado em maio de 2022, não houve problemas no negócio. Os ministros do TCU avalizaram o negócio em dois julgamentos, um realizado no dia 13 de maio de 2020 e outro no dia 13 de outubro de 2021.
Segundo a cúpula da estatal, há elementos suficientes para a abertura de uma investigação interna. Um dos elementos é a proximidade das datas do recebimento das joias como presente (26 de outubro de 2021) e a venda da refinaria (negócio anunciado no dia 30 de novembro de 2021). Outro elemento é o valor da venda US$ 1,8 bilhão, montante menor do que o valor segurado.
A atual cúpula da empresa, porém, avalia que nenhum movimento deve ser feito antes da posse da nova diretoria porque envolveria funcionários diretamente ligados a venda.
