Custo para incentivar energia eólica e solar começa a pressionar contas de luz, diz Aneel
O custo desse benefício deve chegar a R$ 3,240 bilhões em 2020
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Foto: Reprodução/ Aneel
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê incentivos a grandes consumidores para a compra de energia de fontes alternativas, como solar e eólica, que pode se tornar um novo fator de pressão sobre as contas de luz, depois das usinas termelétricas e dos subsídios para setores da economia.
O custo desse incentivo, que é bancado pelos consumidores, quintuplicou desde 2013 e deve chegar a R$ 3,240 bilhões em 2020.
De acordo com o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, o aumento previsto nos custos para bancar o benefício aos consumidores de energia de fontes alternativas pode anular as medidas adotadas para reduzir o valor da CDE. "O consumidor acaba não tendo resultado efetivo ao final”, disse Pepitone. "A agência está levando essa discussão ao Congresso e ao governo, para colocar fim ao subsídio [para fontes alternativas]", completou.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) comunicou que "tem trabalhado na proposição de ajustes às leis vigentes, buscando reduzir os subsídios presentes nas tarifas de energia elétrica" e que "a racionalização dos encargos e subsídios é tema frequente e que deverá ser equacionado entre 2020 e 2021."
"Outra preocupação do MME é quanto a concessão de um período de transição (aproximadamente 18 meses) até que o final dos subsídios seja estabelecido, com vistas a preservar os direitos e zelar pela previsibilidade requerida pelo mercado", completa a nota.