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Saúde

Custo para tratamento da obesidade mundial deve ser de US$ 4 trilhões em 2035

Levantamento aponta que dentro de 11 anos serão cerca de 3,3 bilhões de adultos com sobrepeso ou obesidade

Por FolhaPress
Ás

Custo para tratamento da obesidade mundial deve ser de US$ 4 trilhões em 2035

Foto: Pexel/ Andres Ayrton

O atlas divulgado Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation) na última quinta-feira (29) revelou que, se os índices da doença continuarem aumentando, em 2035 o tratamento da obesidade mundial poderá custar mais de US$ 4 trilhões, quase 3% do produto interno bruto global.

Se comparado com os números de 2020, quando 2,2 bilhões de pessoas tinham obesidade, o crescimento previsto para 2035 é de quase 42% entre os adultos. Para os mais jovens, com idades entre 5 e 19 anos, a estimativa é que o aumento seja de 39%, totalizando 770 milhões de crianças e adolescentes com a doença.

Ainda a nível global, o levantamento aponta que dentro de 11 anos serão cerca de 3,3 bilhões de adultos com sobrepeso ou obesidade.

A projeção conclui ainda que todos os 186 países analisados estão sendo afetados pelo sobrepeso e obesidade. Os maiores números da última década se concentram nos países com menores rendas. Essas nacionalidades, segundo o levantamento, enfrentam dois problemas, a sobrenutrição e a desnutrição.

Um dos efeitos do sobrepeso e da obesidade, principalmente nas nações mais pobres, é a maior vulnerabilidade desses locais em termos de saúde e no combate à crises econômicas, sociais e até climáticas. "Muitas vezes pessoas menos capazes de arcar com as consequências serão as que enfrentarão o maior impacto financeiro do aumento e prevalência da obesidade", diz o estudo.

Sem uma intervenção com políticas públicas que melhorem o padrão dos alimentos ofertados, com produtos de qualidade por um preço acessível, a tendência é que mais pessoas adoeçam em decorrência de problemas causados pela obesidade, explica Bruno Halpern, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolgia (SBEM).

"Serão mais pessoas com doenças cardiovasculares, com câncer e diabetes, então o impacto no sistema de saúde é gigantesco. Às vezes tem essa ideia de que é muito caro tratar a obesidade, mas se órgãos públicos não intervirem, o custo para a sociedade acaba sendo muito maior", diz.

A tendência com o aumento de casos de obesidade, segundo a pesquisa, é que o custo para o tratamento da doença crônica fique mais alto, principalmente, para as comunidades mais pobres, sujeitas a perderem renda e trabalho caso precisem cuidar de familiares doentes.
 

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