Dados de 40 mil pessoas já circulam na internet após vazamento
O criminoso afirma ter dados compilados até agosto de 2019, mas a empresa Syhunt descobriu informações referentes a 2020, como fotos de rosto e ocupação
Foto: Reprodução/ Getty Images
Cerca de 39.645 brasileiros e 22.983 empresas nacionais tiveram os dados vazados na internet. Ao todos são 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos.
Embora os dados estejam à venda, a maioria das informações já circulam de forma livre e gratuita na internet: o hacker tornou pública uma pequena parte das informações. A informação foi analisada pela empresa de segurança Syhunt, que examinou alguns dos arquivos disponibilizados pelo hacker em fóruns na internet.
A Syhunt estima que, no total, o hacker tem em mãos quase 1 TB de informação: 650 GB de pessoas físicas, 200 GB de pessoas jurídicas e outros 23 GB referentes às informações de veículos.
De acordo com Felipe Daragon, fundador da Syhunt, a empresa também não conseguiu detectar a origem do vazamento, mas já levanta a hipótese de que as bases de dados vieram de fontes diversas, embora não consiga apontar quais seriam exatamente. "Esse foi o trabalho de um insider, alguém que trabalha ou que prestou serviço para a detentora das bases".
O criminoso afirma ter dados compilados até agosto de 2019, mas a empresa descobriu informações referentes a 2020, como fotos de rosto e ocupação.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados, responsável pela aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados, se pronunciou na última quarta-feira (27), sobre o vazamento, oito dias após o caso se tornar público.
Em nota, a ANPD disse que "está apurando tecnicamente informações sobre o caso e atuará de maneira cooperativa com os órgãos de investigação competentes e oficiará para apurar a origem, a forma em que se deu o possível vazamento, as medidas de contenção e de mitigação adotadas em um plano de contingência".