Dallagnol afirma esperar que TCU “não caia na mentira” sobre combate à corrupção
Jurista é ex-coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato, investigada por ações "supostamente ilegais"
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou, nesta segunda-feira (17), que espera que o Tribunal de Contas da União “faça a coisa certa” e “não caia na mentira” de que o combate à corrupção prejudica a economia e as empresas.
A fala faz referência à investigação do tribunal para apurar prejuízos aos cofres públicos em decorrência das operações “supostamente ilegais” realizadas na Lava Jato.
“O combate à corrupção é de interesse nacional e é essencial para o nosso desenvolvimento econômico saudável”, escreveu Dallagnol.
O combate à corrupção é de interesse nacional e é essencial para o nosso desenvolvimento econômico saudável. É um compromisso assumido pelo Brasil internacionalmente e um imperativo para os órgãos de fiscalização e controle do Estado. Deve ser apoiado, não perseguido.— Deltan Dallagnol (@deltanmd) January 17, 2022
Além disso, o ex-procurador do Ministério Público Federal também citou trechos de uma manifestação da área técnica do TCU descartando que a atuação da operação tenha prejudicado as empresas investigadas.
“Conclui a auditoria que os procuradores, o ex-juiz Sergio Moro, os servidores públicos que atuaram na OLJ ‘não podem ser considerados responsáveis pelas dificuldades enfrentadas pelos grupos empresariais envolvidos nas fraudes’, as quais são consequências dos crimes cometidos”, seguiu Dallagnol, em uma série de publicações.
Tanto Dallagnol como o ex-juiz, Sérgio Moro, também atuante da operação Lava Jato, são pré-candidatos à cargos nas Eleições 2022, como à Câmara dos Deputados e à presidência da República, respectivamente.