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Dançarino do grupo Os Hawaianos denúncia agressão durante operação policial no RJ; imagem mostra funkeiro com rosto ensanguentado

Comissão de Direitos Humanos da Alerj denunciou ação ao Ministério Público; Polícia Civil nega abusos

Por Da Redação
Às

Atualizado
Dançarino do grupo Os Hawaianos denúncia agressão durante operação policial no RJ; imagem mostra funkeiro com rosto ensanguentado

Foto: Divulgação

O dançarino Gugu Hawaiano, do grupo de funk Os Hawaianos, foi detido durante uma operação da Polícia Civil (PC) na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (19). Gugu afirma ter sido agredido pelos agentes diante da esposa e de outros familiares. Já a PC nega abusos e afirma que houve resistência à prisão. [Leia a nota na íntegra no final da matéria]

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra Gugu algemado, com o rosto ensanguentado, sendo puxado pelo braço por um policial. Em uma outra imagem do momento da prisão, divulgada nesta quinta-feira (25), é possível ver Gugu caído no chão, em frente à sua loja, cercado por três policiais armados.

Segundo a família do artista, a foto mostra o momento exato em que ele leva um chute na barriga de um dos policiais da Core. Na última terça-feira (23), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (CDDHC) denunciou a ação e anexou a imagem ao ofício enviado ao Ministério Público. A comissão afirma que a foto comprova que o dançarino foi agredido.


Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

À CDDHC, Gugu relatou ter sido brutalmente espancado pelos policiais. O artista foi levado à delegacia e liberado em seguida. Ao portal g1, o dançarino contou que foi agredido mesmo após obedecer a ordem de deitar no chão.

"Eu estava no meu comércio, minha sogra, meu filho, do nada começou muito tiro e eu botei eles pra dentro. Quando eu voltei, eles já estavam aqui dentro. Eu coloquei a mão para o alto e disse que era trabalhador, morador, dos Hawaianos", disse.

"Nesse momento, eles mandaram eu deitar no chão. Quando eu fui deitar, eles deram uma bicuda no meu rosto e botaram minha mão pra trás com a algema. Eu levantei o rosto sangrando e falei: 'senhor, eu não sou bandido, sou trabalhador, sou dos Hawaianos', mesmo assim eles continuaram me agredindo", contou o artista.

O que diz a Polícia Civil

Segundo a polícia, agentes foram atacados por 10 suspeitos durante a operação. O confronto aconteceu próximo a um bar, onde foram apreendidas drogas e um fuzil. 

Dois homens que haviam fugido com o grupo foram alcançados. Um assumiu a autoria da droga e se rendeu sem apresentar resistência. Já o outro, que seria Gugu, resistiu à prisão e tentou fugir o que “obrigou a imobilização”.

Ainda segundo a polícia, Gugu sofreu apenas escoriações, apesar de apresentar um hematoma no rosto, e definiu as acusações como “infundadas”.

A operação na Cidade de Deus tinha como objetivo capturar traficantes envolvidos no homicídio do agente José Antônio Lourenço, morto no mês maio durante uma ação da Core na comunidade. Durante a ação, helicópteros sobrevoaram a área, houve troca de tiros e a Rua Edgard Werneck ficou interditada por cerca de uma hora.

Leia a nota da PC na íntegra:

"A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), esclarece que durante a ação, as equipes da CORE foram covardemente atacadas por cerca de dez criminosos fortemente armados. Houve intenso confronto, e parte dos traficantes correu em direção a um bar. Os policiais avançaram e, no local, apreenderam grande quantidade de drogas e um fuzil, encontrando também dois homens que haviam fugido com o grupo.

Um deles se entregou sem oferecer resistência, foi algemado e conduzido, e posteriormente assumiu a posse do entorpecente apreendido. O outro, ao contrário, resistiu à prisão e tentou fugir, o que obrigou os agentes a realizar sua imobilização. Nesse momento, em meio à tensão da ação, ele sofreu escoriações, compatíveis com o procedimento de contenção necessário diante da resistência apresentada.

É importante destacar que a diferença de tratamento decorreu unicamente da postura de cada indivíduo: quem se entregou colaborou, foi conduzido sem intercorrências e confessou o crime; quem resistiu precisou ser contido e, por isso, sofreu ferimentos leves.

Assim, são absolutamente infundadas as acusações de agressões. A Polícia Civil reafirma que todo o trabalho foi pautado na lei e na proteção da vida, sem abrir mão da firmeza necessária para enfrentar criminosos que desafiam o Estado.

A Polícia Civil reitera seu compromisso com a sociedade, com a verdade e com a transparência, não admitindo que narrativas distorcidas tentem manchar o trabalho sério de combate ao tráfico de drogas e à violência."

Assista vídeo do momento em que Gugu é detido:

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