Michel Telles

Dão lança projeto Sanbadelic #2020Tal com single  e vídeoclipe "Menina do Cabelo Black" 

Lançamentos acontecem próximo dia 28 (sexta-feira) e inauguram novo projeto musical do cantor e compositor baiano, que aposta na essência da musicalidade negra baiana e brasileira

Por Michel Telles
Ás

Dão lança projeto Sanbadelic #2020Tal com single   e vídeoclipe "Menina do Cabelo Black" 

Foto: Gaston Ramseyer

Um passeio por diferentes vertentes e derivações do samba inspira o novo projeto musical do cantor e compositor baiano Dão, intitulado Sambadelic #2020Tal, que será lançado no próximo dia 28 de maio (sexta-feira). O artista aposta na essência da musicalidade negra baiana e brasileira para estrear um novo momento em sua carreira, marcada pela ousadia das experimentações rítmicas.  

O projeto Sambadelic #2020Tal traz o lançamento de singles acompanhados de videoclipes, todo mês, no canal do artista no YouTube. A ideia é formatar um disco no final do ano, com 10 faixas. A música “Menina do Cabelo Black”, em ritmo de samba funk, rock e tamanquinho, estilo musical criado no Candeal, será a ponta de lança para abertura dos caminhos na carreira do artista. A canção, em parceria com a Rapper Udi Santos e JP Castelhano dos My Friends, exalta a beleza da mulher negra e é um enfrentamento contra o preconceito.  

Além de “Menina do Cabelo Black”, outras três músicas já estão prontas e serão lançadas na sequência, como "Olha o Samba Sinhá", uma releitura da canção do sambista carioca Candeia, que resgata o samba de roda do Recôncavo, com nuances do samba rock, samba funk e o rap como expressão urbana em homenagem ao sambista. No projeto Sambadelic #2020Tal, o artista também fará homenagens às bandas baianas de samba reggae e ijexá, como Olodum e Ilê Aiyê. 

Conhecido pela versatilidade com referências da black music, Dão propõe revolucionar mais uma vez em modelos e estéticas. Desde o samba de roda, samba funk, samba rock, samba canção, samba soul, partido alto até o samba reggae, a proposta é repleta de aparições da célula rítmica do samba, com fusões de batidas eletrônicas que conferem um ritmo dançante e contemporâneo. 

“Eu continuo bebendo da fonte do universo da black music, porém, dessa vez, eu trago um cheiro muito mais brasileiro das coisas que eu vou apresentar com o Sambadelic #2020Tal. Estou super animado para dar essa renovada, essa repaginada nesse novo momento na carreira”, afirma o artista. 

O nome Sambadelic #2020Tal é uma brincadeira com a banda Funkadelic, pioneira da cultura da música funk na década de 70 nos Estados Unidos, mas também famosa por fusões rítmicas influenciada pelos movimentos musicais populares de todo mundo, como o rock psicodélico, soul e R&B. O projeto também é inspirado nas transformações que o samba e as suas derivações sofreram ao longo dos anos na Bahia, desde o lundu e as rodas de batuque das senzalas, que deram origem ao samba de roda proveniente do Recôncavo. Baden Powell, Tim Maia, Jorge Ben Jor, Paulo Diniz, Nereu e Maria Alcina são referências que ele usa para brincar com o samba de roda neste novo projeto. 

“Eu pego a música negra brasileira e essas derivações do samba e começo a brincar com isso. As pessoas podem esperar um Dão mais ousado, a fim de dialogar com o que está acontecendo de mais moderno na música baiana e brasileira. Tem muita gente boa surgindo e está na hora da gente dialogar com essa turma, de brincar de fazer fusões”, destaca. 

Carreira – Baiano, 46 anos, Dão é um cantor, compositor e pesquisador musical e de fusões rítmicas, que transita por diversos estilos da música negra baiana e brasileira. Para compor seu universo musical, Dão se apropria de diversas referências, criando uma black music contemporânea que contagia a todos com uma mistura de ritmos brasileiros e africanos. 

As músicas de Dão despertam o interesse de amantes da música no mundo todo. O artista possui 15 anos de estrada com apresentações no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Angola. Sua carreira é repleta de apresentações importantes como a participação no Afro XXI, evento que celebrou o Ano Internacional do Afrodescendente, realizado pela UNESCO, no Centro Histórico de Salvador.  

Sempre acompanhado de sua banda, o cantor foi atração de projetos de destaque no cenário cultural baiano, a exemplo do Festival Sangue Novo em agosto de 2015 - realizado no Museu du Ritmo; do Circuito Música Bahia 2015 - Caixa Cultural; do projeto Música no Parque; da 14ª edição do Festival de Lençóis, e da 15ª edição do Festival de Verão 2013 - palco Estúdio do Som. Seu segundo CD, intitulado Nobre Balanço, teve lançamento em show aberto no Parque da Cidade, em Salvador, em novembro de 2013. 

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