Das quase 200 mil vítimas brasileiras da Covid-19, 77,7% tinham mais de 60 anos
Para cada 10 mortes, 7 tinham nascido antes de 1960
Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Com a vulnerabilidade de pessoas com 60 anos ou mais frente à Covid-19, dos quase 200 mil mortes ocorridas pela Sars-CoV-2, mais de 75% das vítimas tinham eram nascidas antes de 1960. É o que revela o levantamento do (M)Dados, núcleo de Jornalismo de dados do Metrópoles, com base nos registros dos cartórios do Brasil.
De acordo com a pesquisa, dos 197.732 mil mortes registradas, pelo menos 77,7% tinham mais de 60 anos. Entre os mais velhos, a maior parte das vidas que foram perdidas para a doença tinham entre 70 e 79 anos.
Uma análise feita pelos pesquisadores da Universidade de Hong Kong publicada em março de 2020 mostrou que pessoas acima dos 59 anos têm cinco vezes mais chances de morrer do que aquelas entre 30 e 59 anos. O motivo se dá, segundo o texto, pelas alterações sofridas pelo sistema imunológico à medida que a pessoa envelhece.
Apesar do vírus ter efeitos graves entre as pessoas mais velhas, há também um alto índice das pessoas jovens que também são vítimas do vírus. Em todo o país, 22,3% está abaixo dessa faixa etária, isso porque foram 664 crianças menores de 9 noves que perderam a vida por complicações da Covid-19.