Eleições

Debate da Globo com presidenciáveis é marcado por fortes embates e trocas de acusações

Encontro aconteceu nesta quinta (29) e foi o último antes do primeiro turno das eleições

Por Da Redação
Ás

Debate da Globo com presidenciáveis é marcado por fortes embates e trocas de acusações

Foto: João Miguel Júnior/Globo

Ocorreu na noite desta quinta-feira (29) o terceiro e último debate entre os candidatos à Presidência da República antes do primeiro turno, que acontece no domingo (2). O encontro foi marcado por fortes embates, acusações e desrespeito aos momentos de fala. Confira os principais momentos de cada bloco:

Primeiro bloco

A primeira pergunta foi feita por Ciro Gomes (PDT) a Lula (PT). O pedetista questionou os números econômicos durante os governos petistas. Ciro afirmou que se afastou do PT devido a “contradições graves” econômicas e morais, mas Lula defendeu que fez a “maior política de inclusão social da história do país”.

Na sequência, Padre Kelmon (PTB) selecionou Jair Bolsonaro (PL) para indagá-lo se ele manteria o Auxílio Brasil, o que foi confirmado pelo atual presidente. Padre Kelmon, então, aproveitou para fazer críticas a políticas de esquerda. “Estamos procurando cada vez mais colocar isso como informação para que as pessoas tenham confiança de que nessa eleição precisam escolher homens de direita”.

Bolsonaro, na tréplica, disse que Lula foi o “chefe de uma grande quadrilha”. “Nós não podemos continuar no país da roubalheira. O governo que nos antecedeu não tinha qualquer compromisso, qualquer respeito com a família brasileira”. Por essa fala, Lula solicitou e conseguiu direito de resposta. 

Ainda no primeiro bloco, Bolsonaro questionou Simone Tebet (MDB) sobre a declaração de sua vice, a senadora Mara Gabrilli (PSDB), a respeito da suposta participação e Lula na morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, assassinado em 2002. Simone disse que Bolsonaro deveria perguntar ao próprio ex-presidente, já que ele estava lá e que o atual mandatário não faria isso por "covardia".

Por causa da fala sobre Celso Daniel, Lula obteve novo direito de resposta. “A Polícia Civil deu por encerrado. O Ministério Público deu por encerrado, decidiram que é um crime comum”.

Soraya Thronicke (União Brasil) escolheu o padre Kelmon e perguntou a ele sobre erros do governo Bolsonaro durante a pandemia, ao que ele respondeu com questionamentos sobre o programa de governo dela. Soraya, então, acusou Kelmon de ser cabo eleitoral do atual presidente. 

Segundo bloco

No início do segundo bloco começaram a ser sorteados temas definidos para cada pergunta.

Bolsonaro e Simone Tebet protagonizaram embate sobre questões climáticas e meio ambiente. A candidata acusou o atual governo de ser o responsável pelo maior desmatamento em 15 anos.

Bolsonaro rebateu ao dizer que o Brasil é um exemplo para o mundo em preservação ambiental e que o país é, entre as principais economias do mundo, o que menos emite gases do efeito estufa. 

Na sua vez, Soraya escolheu o Padre Kelmon para perguntar sobre racismo. O sacerdote disse que todas as raças são irmãs e que não aceita políticas que criem divisões. Ele afirmou ainda que na esquerda existe a retórica política para usar o combate ao racismo para dividir a sociedade.

A pergunta do tema seguinte, relações com o Congresso Federal, foi feita por Jair Bolsonaro a Felipe d'Ávila (Novo). O presidente perguntou a opinião do candidato sobre loteamento de cargos em troca de apoio do parlamento. D’Ávila, então, lamentou que Bolsonaro tenha cedido às pressões dos parlamentares e aprovado o chamado “orçamento secreto”, que libera emendas ao Congresso sem monitoramento de para onde são destinadas.

A pergunta feita na sequência, sobre meio ambiente, foi feita por Lula a Simone Tebet. O petista aproveitou para atacar o governo Bolsonaro em relação a políticas sobre mudanças climáticas. Em resposta, a emedebista disse que em seu governo haveria desmatamento ilegal zero, fortalecimento dos órgãos de fiscalização e que haveria “meio ambiente e agronegócio, natureza e desenvolvimento”.

Terceiro bloco

Ciro Gomes questionou Bolsonaro sobre esquemas de “corrupção generalizada” em seu governo, ao que o atual presidente respondeu negando a existência. 

Em direito de resposta sobre o orçamento secreto, ao final do terceiro bloco, Bolsonaro direcionou a fala a Tebet e Soraya, ambas senadoras. “Vocês têm a chance agora, por ocasião da votação do orçamento normal, de tirar esses R$ 19 bilhões do orçamento secreto e suprir as demais áreas”.

Padre Kelmon e Lula protagonizaram um debate após o petebista acusar o ex-presidente que ser contra o cristianismo e querer fechar igrejas. O petista chamou Kelmon de falso padre e o microfone dos dois precisou ser desligado, porque ambos iniciaram uma discussão sem respeitar o tempo de fala, incluindo o padre chamando o ex-presidente de "ladrão". Posteriormente, a discussão foi contida pelo mediador, o jornalista William Bonner.

Quarto bloco 

No bloco final, de temas pré-definidos, Soraya Thronicke usou o tema sorteado, de segurança pública, para perguntar a Bolsonaro se ele aceitaria o resultado que as urnas mostrassem. Bolsonaro, então, acusou a candidata do União Brasil de ter pedido a ele cargos em seu governo, mas Soraya afirmou que o próprio presidente abriu espaço para ocupá-la em alguma função. 

Ciro Gomes perguntou a Soraya Thronicke se ela privatizaria a Petrobras caso eleita. A candidata do União Brasil aproveitou para alfinetar o governo federal alegando poucas privatizações e propostas liberais. 

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