Debates no Senado intensificam apelo por condenação do Hamas e busca por solução pacífica
Sessão reúne senadores, líderes judaicos, familiares de reféns e embaixador de Israel
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Durante a sessão de debates no Plenário nesta segunda-feira (11), senadores, familiares de reféns mantidos pelo Hamas desde o ataque em 7 de outubro, líderes judaicos e o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, reforçaram o pedido para que o Brasil condene o grupo palestino e atue junto à comunidade internacional para a liberação dos sequestrados. Também destacaram a necessidade de combater a "nova onda de antissemitismo" global.
Jorge Seif (PL-SC), presidente da mesa, afirmou que o 7 de outubro de 2023 entrou para o calendário judeu como o dia mais obscuro e inaceitável. Ele enfatizou a importância de uma ação urgente da comunidade internacional para buscar uma solução pacífica e duradoura, resgatando os reféns e condenando o Hamas.
O senador classificou o grupo como terrorista, destacando que a ação resultou na morte de mais de 18 mil pessoas, incluindo israelenses, jornalistas, funcionários da ONU e palestinos. Mais de 200 pessoas permanecem como reféns.
O embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine, afirmou que a Carta do Hamas deixa claro o objetivo de destruir o Estado de Israel e exterminar os israelenses. Diante da ameaça crescente, justificou a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.
Mary Shohat, irmã de um dos sequestrados, expressou a dor da família desde o ataque e pediu esforços das lideranças brasileiras para negociar a liberação dos reféns.
O mesmo apelo foi reforçado por Maluf Nisenbaum, filha de um dos sequestrados.
Na avaliação dos senadores, além de buscar a paz na região e a liberação dos reféns, o Brasil deve frear a onda de antissemitismo e promover solidariedade ao povo judeu.
Sergio Moro (União-PR) destacou a clareza moral necessária para reconhecer o ataque terrorista do Hamas e o direito de Israel se defender.
Marcos Rogério (PL-RO) alertou contra relativizar o ato do Hamas e criticou posicionamentos que, segundo ele, flertam com o terrorismo.
Claudio Lottenberg, presidente da Conib, afirmou que defender o Hamas é ir contra os direitos humanos fundamentais.
Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo, solidarizou-se com os familiares dos sequestrados, condenou o ato do Hamas como covarde e cruel, e destacou a busca por uma paz possível na região.
A sessão contou com a participação de familiares de reféns, deputados e embaixadores de diversos países.