'Declarações infelizes', diz Jaques Wagner, ao rebater críticas de ACM Neto à Jerônimo e Lula
Na oportunidade, Wagner ainda cutucou a derrocada sofrida por ACM Neto nas eleições de 2022
Foto: Isabelle Corbacho/Metropress
O senador Jaques Wagner (PT) rebateu, na manhã desta sexta-feira (17), as críticas que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), fez ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) no início desta semana. Nas falas do senador, as "declarações foram infelizes" e, devido a essa postura, "a Bahia não quer mais ele".
Nas declarações, dadas em entrevista à Rádio Metrópole, Wagner ainda cutucou a derrocada sofrida por ACM Neto nas eleições de 2022, quando viu o seu adversário, Jerônimo Rodrigues, ser eleito governador da Bahia com 52,79% dos votos válidos.
"O ex-prefeito fala que o governo Lula cheira a mofo. Qual a prática política moderna? É essa que ele falou de ameaçar aliados porque não podem pensar diferente dele? Essa prática é antiga e a Bahia não quer mais isso. É por isso que o resultado eleitoral tem mantido o nosso grupo, porque as pessoas sabem que a relação com a imprensa, prefeitos, classe política, com o povo mudou completamente", afirmou o senador.
"Ele fala mal de Jerônimo, ele está se desqualificando. Porque ele perdeu a eleição para ele. Então, se ele perdeu para uma pessoa que ele diz que não é bom, imagina se fosse bom, ele ia tomar uma surra", completou o parlamentar.
Críticas contundentes
No início da semana, ACM Neto voltou a atacar o governador Jerônimo Rodrigues, ao classificar a gestão do petista como "a pior dos três governos" do PT na Bahia. Na opinião do vice-presidente do União Brasil, falta liderança política em seu adversário.
"Jerônimo está longe de ter o brilho e a liderança política nata que tem Jaques Wagner. Apesar de eu ser adversário, eu não posso deixar de reconhecer que ele é um líder político. E Jerônimo não tem o mesmo nível que Rui. Eu tenho várias críticas à gestão de Rui, mas ele em si era um sujeito que procurava aprofundar, que se envolvia na gestão. Jerônimo não é um cara brilhante nem na política, nem é um cara brilhante na gestão", afirmou Neto.
Neto ainda apontou a ausência de Jerônimo e a falta de envolvimento na administração pública. Ele destacou que muitas das obras realizadas durante o governo de Jerônimo são continuação de projetos iniciados por seu antecessor, Rui Costa.
"O que a gente vê desses quase um ano e meio de governo de Jerônimo é ele passeando pelo interior direto. É uma forma que ele tem de fugir dos problemas", finalizou o ex-prefeito de Salvador.